2026: 5 tendências que definirão o consumo no Brasil

Com a chegada de um novo ano, surgem também preocupações sobre as tendências no marketing, consumo e comportamento do público. Afinal, todos queremos saber o que vem por aí.

Em entrevista para o Meio e Mensagem, a CCSO (Chief Culture & Strategy Officer) da agência FutureBrand, Karen Fontana, falou sobre as tendências com base no relatório que a empresa produziu.

A partir da entrevista, podemos refletir sobre as seguintes tendências:

1- O Brasil tem mais orgulho do que é

Segundo a entrevista da executiva, o ano de 2025 trouxe diversos elementos que aumentaram o orgulho do brasileiro. Desde o Oscar para o filme Ainda Estou Aqui até a COP 30 em Belém, o país conquistou prêmios e tem artistas e personalidades cada vez mais reconhecidos internacionalmente. O Brasil deu um salto, segundo a entrevistada, “o que é superbacana, porque mostra como a gente exporta nossos regionalismos, a diversidade cultural e a culinária regional”.

Ou seja, podemos pensar que uma das tendências que definirão o consumo no Brasil está no fato de que as pessoas devem adquirir mais produtos nacionais, ou viajar no próprio país, por exemplo.

2- Mais influência latina e asiática

Com as transformações políticas internacionais recentes, a Europa e os Estados Unidos veem sua influência cultural ligeiramente reduzida. Fontana explica que, junto das influências asiáticas do K-pop, Doramas e outros elementos do outro lado do mundo,  o brasileiro tem aumentado seu entendimento como latino, e por isso estaria absorvendo novas culturas latino-americanas. Isso significa que o consumo de produtos dessas origens tende a aumentar, como podemos depreender.

3- Mulheres mais conscientes de suas escolhas

As mulheres estão cada vez mais conscientes de suas escolhas, e por isso sabem cada vez mais “onde pisam”, independentemente do posicionamento que possam ter. “Estão se posicionando como mulheres”, afirma Fontana. É por isso, segundo ela, que o número de casamentos está em queda (mais mulheres escolhem não se casar), e também por isso surge o fenômeno das “tradwives” como contrapartida, já que estas são mulheres conscientes de que são “donas de casa”. Como conclusão, podemos entender que o consumo feminino pode ser cada vez mais certeiro.

4- Marcas como educadoras da sociedade

Outra das tendências que podem definir o consumo é a responsabilidade das marcas, segundo a executiva. “As pessoas esperam que marcas atuem como educadoras”, explica ela. Isso significa que nem toda marca precisa de posicionamento político ou sobre temas importantes, mas se fizerem isso, elas podem ir além de apenas vender produtos.

As pessoas esperam que as marcas as ensinem a utilizar os produtos ou a cuidarem de si mesmas, por exemplo. É uma tendência que pode aumentar a responsabilidade das marcas.

5- Silver Economy

Chamamos de “Silver Economy” (economia prateada) a economia voltada ao público mais velho, geralmente da chamada melhor idade. O nome é dado devido à coloração dos cabelos nessa fase. A realidade que temos hoje ainda é da comunicação das marcas voltadas aos mais jovens, mas isso deve mudar. “Em breve, serão maioria”, explica a executiva. Afinal, uma das tendências no nosso país é que a população envelheça. As marcas que se comunicarem primeiro com os consumidores “prateados” certamente sairão na frente.