O que a venda do Jovem Nerd nos ensina

Você já deve ter visto a notícia de que o portal Jovem Nerd foi vendido para o grupo de varejo Magazine Luiza. O site, considerado um dos maiores produtores de conteúdo de cultura pop e geek do Brasil, ainda conta com um dos maiores e mais antigos podcasts do país.

Imagem em destaque: “Nerdesign”

Qual o objetivo do Magazine Luiza ao comprar o Jovem Nerd?

Segundo as notícias a respeito do negócio, a estratégia da empresa de varejo é manter um ecossistema digital para melhorar e ampliar seu serviço de marketplace, modelo de negócios impulsionado muito em função dos novos hábitos na pandemia.

No entanto, esta não é a primeira aquisição de um portal de conteúdo por parte da rede de varejo. O “Magalu” adquiriu, também recentemente, o portal de conteúdo de tecnologia Canal Tech, e o site de moda e estilo de vida Steal The Look.

Os projetos MagaluAds e Magalu as a Service, que reúnem serviços para facilitar a venda e os anúncios de pequenos negócios de todo o país, deverão ser impulsionados por meio da interação do conteúdo do portal com seus aplicativos e sites.

Com isso, o Magalu, como se denomina a rede por meio de rebranding, prova como o conteúdo é fundamental para se atingir um público, e como as múltiplas empresas de produtos de nicho precisam chegar ao público-alvo por meio de conteúdo de qualidade.

Portanto, o objetivo do Magazine Luiza, ao comprar o Jovem Nerd, é chegar ao público consumidor de forma certeira e direta, garantindo que os anúncios não serão “perdidos” ao chegar em um público diferente.

O que podemos aprender com isso:

Se você vende produtos, especialmente on-line, vincular-se a produtores de conteúdo (caso não possa comprá-los!) é fundamental para que as pessoas certas se conectem com ele.

E com certeza já existem produtores de conteúdo que falam com o público para o qual você vende: seja um portal, um site, um canal de vídeos, um podcast, ou tudo isso junto.

É possível ser anunciante ou parceiro desses produtores. Assim como o Magalu declarou que não irá intervir no conteúdo produzido, é importante ter em mente que os produtores de conteúdo devem ter sua liberdade: tentar controlar o que eles publicam – para além do briefing exigido – tende a dar resultados negativos, já que tira a espontaneidade, tão valorizada pelo público.

Como ninguém deseja ver publicidade e nem busca por propagandas, participar do conteúdo que o público realmente procura – e anunciar de forma criativa e natural – é o que pode fazer com que enxerguem sua marca com respeito, e não como algo que está atrapalhando a experiência.