A Câmara Americana do Comércio (Amcham) apontou em recente pesquisa realizada com 76 de seus associados que o retorno de imagem e a qualificação e desenvolvimento do capital humano ainda são os principais alvos das ações sustentáveis empresariais.
A pesquisa, divulgada em dezembro de 2011, mostrou que 18% dos entrevistados consideram a sustentabilidade uma ferramenta importante para promover o aperfeiçoamento de seus sistemas de gestão e pelo menos 57% dos grupos empresariais aplicam o tema sustentabilidade em seu dia a dia, sendo que 20% do total consideram que as políticas sustentáveis já modificaram produtos, processos e estratégias corporativas.
Meio ambiente e ética corporativa são os temas mais comentados pelas políticas sustentáveis empresariais (18% e 17% das empresas, respectivamente, apontaram os temas como os mais abordados por suas ações). Entretanto, a pesquisa revelou bastante preocupação entre a incorporação dos sistemas de gestão e das relações com o consumidor, como uma importante ferramenta de excelência em governança corporativa.
Longe do ideal
Ainda que a pesquisa indique grande engajamento das empresas em relação a políticas sustentáveis, a situação ainda parece longe do ‘ideal’ para alguns especialistas da área. Newton Figueiredo, presidente da consultoria em sustentabilidade Sustentax, afirma que é preocupante observar que apenas 20% das empresas já tornaram a sustentabilidade parte de sua cultura e valores.
Para ele, não existe sustentabilidade que não esteja integrada à estratégia e é isso que estas empresas ainda não descobriram, explica o consultor. “Muitas empresas ainda confundem a sustentabilidade com ações ambientais e sociais esporádicas que, sem planejamento, não contribuem para o crescimento dos negócios e nem trazem benefício para o público’, afirma o consultor.
Prestação de contas e retorno para o acionista
Um aspecto importante apontado pelo estudo é a preocupação das empresas em informar e prestar contas a respeito do retorno da sustentabilidade para seus acionistas.
Dos entrevistados pela pesquisa, 18% apontam a produção de relatórios de sustentabilidade como a ferramenta mais usada para reforço da cultura sustentável na empresa, enquanto 11% do grupo afirma manter diálogos frequentes com stakeholders e outros 10% afirmam que o tema já congrega suas diretrizes de governança corporativa.
A prestação de contas ao acionista e ao investidor deve ser reforçada este ano com iniciativa da BM&FBovespa. Segundo a gerente de sustentabilidade da bolsa, Sonia Bruck, o projeto reflete o interesse não apenas da sociedade, mas de investidores pelo tema.
As empresas com ações em bolsa terão até 31 de maio de 2012 para indicar à bolsa como serão divulgadas tais informações. Embora o movimento seja de caráter voluntário por parte da empresa, as companhias que preferirem não divulgar tais relatórios deverão apresentar suas razões e argumentos à BM&FBovespa.
Fonte: Portal HSM
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