Artigo

Como a pandemia mudou a dinâmica das empresas?

31/01/22

Como vai ficar a dinâmica das empresas no futuro?

A pandemia vai passar. Mas o home office, as videochamadas e as novas relações de trabalho, não! É isso que indicam todas as tendências de escritórios, agências e outras inúmeras empresas de prestação de serviços.

Podemos citar um exemplo: uma pesquisa de setembro de 2021 identificou que 81% dos trabalhadores em home office preferia continuar com esse modelo, mesmo que isso significasse trabalhar mais.

Com essa projeção para o futuro, a dinâmica das empresas tende a mudar profundamente nos próximos anos, especialmente porque muitas equipes continuarão a trabalhar remotamente após o fim da pandemia (e já estão fazendo isso). É por isso que algumas dinâmicas entre líderes e colaboradores podem mudar para sempre. Para entendê-las, precisamos passar por alguns pontos fundamentais que vão alterar cada vez mais os “escritórios” no Brasil e no mundo.

1- Acabou o cafezinho, mas você vê a casa do colega

Muita gente sente falta do “cafezinho” com os colegas de trabalho e daquela conversa “fiada” antes ou depois da reunião. Se esses momentos fortalecem vínculos entre colegas de empresa, eles também reduzem a produtividade. Enquanto isso, a reunião por videoconferência pode muito bem te levar para “dentro” da casa do colega de profissão, te apresentando aos filhos, gatos e livros na estante, o que pode te fazer conhecer melhor as pessoas.

Essa mudança na dinâmica das empresas é uma tendência importante, pois muda a forma como nos relacionamos com as pessoas. Os desafios dos líderes ou do departamento de Recursos Humanos pode mudar, também: menos atritos podem ocorrer entre os colaboradores, mas basta uma câmera mal posicionada para surgir a possibilidade de uma “saia-justa”, já que muitas coisas na casa das pessoas são de ordem privada.

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2- Reuniões mais efetivas, mas em maior quantidade

Se as reuniões podem ser mais produtivas quando não precisam de conversas sobre o tempo ou a chegada do cafezinho, o fato é que uma equipe distribuída em diversas casas certamente vai precisar de mais reuniões. Se antes uma simples conversa entre as baias poderia levar a equipe a tomar uma decisão, com o home office é bem provável que seja preciso marcar “uma reunião a mais”.

É por isso que reuniões curtas e ligações mais frequentes podem ser necessárias. O importante é saber dar espaço para a concentração dos colaboradores e saber dizer “não” quando precisar focar no trabalho.

3- Redução de custos e contribuição com gastos do trabalhador

Muitas empresas deixaram seus espaços físicos durante a pandemia. Com isso, os aluguéis e gastos com escritórios fizeram despencar os custos de várias empresas, o que certamente contribuiu com a manutenção das contas no período de crise.

É importante, no entanto, que as empresas considerem que parte desses custos é repassada ao colaborador, que passa a gastar mais com conta de luz, água e até mesmo alimentação ao trabalhar de casa. Por isso, a criação de sistemas de bônus ou o aumento da remuneração pode ser uma medida necessária, sem contar que os trabalhadores precisam aprender a lidar melhor com o gerenciamento do tempo e das distrações.

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4- Desafio: cálculo de tempo ou produtividade?

Existem aplicativos e sistemas que contam o tempo de permanência do funcionário na frente de sua estação de trabalho. Tais softwares podem ser importantes para controlar o horário de “entrada” e “saída” das pessoas no teletrabalho. No entanto, algumas empresas podem encontrar outras soluções para determinar o tempo de trabalho e até mesmo as possíveis horas extras da equipe.

Esse é um grande desafio para as organizações: se for pagar por produtividade, o contrato de trabalho no formato CLT não funciona, mas o trabalhador “freelancer” tem uma relação de prestador de serviço, e não de um funcionário. Se for pagar pelo tempo, o horário de trabalho remoto e as horas a mais precisam ser bem acordados para evitar transtornos.

Infelizmente não há uma resposta definitiva para esse problema: cada empresa deve encontrar a melhor solução.

5- Liderança e treinamento: auxilio dos aplicativos!

Os líderes das empresas enfrentaram muitas dificuldades para se reunir com os liderados durante os tempos de confinamento. Atualmente, muitos já se adequaram à nova realidade. Aplicativos e sistemas de gerenciamento de projetos, como Monday, Trello, Runrun.it, e muitos outros, são ótimos aliados. Mas nada é mais importante do que manter as conversas e o bom relacionamento com a equipe, e para isso é necessário saber usar as ferramentas de comunicação disponíveis.

Muitos líderes relatam que os métodos mais efetivos são baseados na confiança e responsabilidade dos trabalhadores.

Quando o assunto é treinar novos contratados, a distância também traz suas vantagens e desvantagens: os treinamentos por vídeo em plataformas reduzem custos em longo prazo, mas a relação entre treinadores e treinados pode exigir proximidade. Com a volta do trabalho presencial, as empresas podem alugar espaços para realizar treinamentos, e só depois liberar as pessoas para trabalharem de casa. Assim como em diversas outras camadas da sociedade, a pandemia de covid-19 serviu como catalisadora de mudanças que já iriam ocorrer ao longo do tempo. A nova dinâmica das empresas deve ser mais um desafio a ser vencido: com foco e determinação, é possível aproveitar suas vantagens.