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9 fatores fundamentais para entender o Marketing Político em tempos de eleição

13/10/20
9 fatores fundamentais para entender o Marketing Político em tempos de eleição

O interesse em Marketing Político costuma ganhar muito mais atenção em período de campanha eleitoral. Com isso, surgem dúvidas e questionamentos a respeito do assunto: como lidar com ele? Devo trabalhar com partidos e candidatos? É coisa de gente corrupta?

Infelizmente, também há muito preconceito relacionado ao Marketing Político, especialmente porque nossa sociedade tende a enxergar toda a prática na política como imoral. Isso é compreensível, mas o fato é que o trabalho no marketing político é fundamental para que se crie uma ponte entre as propostas e ideias dos candidatos e seus eleitores, facilitando assim justamente um dos pilares da nossa sociedade: a democracia.

O marketing político vai além da campanha

Embora este texto seja mais focado no marketing político durante os períodos de campanha eleitoral, o fato é que o termo se refere a algo mais amplo. Instituições governamentais e partidos se baseiam no marketing político para manter sua comunicação em longo prazo ou participar de campanhas, por exemplo. Mesmo assim, o fato é que muito dessa área se evidencia em período eleitoral.

9 fatores fundamentais para entender o Marketing Político em tempos de eleição

Confira alguns dos pontos principais para compreender o marketing político:

1- Identidade visual em ritmo acelerado

Na hora de criar o logo de um candidato, cria-se também toda sua identidade visual. Chamada de “key visual”, essa identidade engloba tudo o que compõe a marca do candidato. A diferença está no fato de que uma campanha geralmente não tem tempo de adequação, como geralmente ocorre quando uma empresa cria sua identidade.

No marketing político, portanto, é necessário criar uma identidade e trabalhar com ela de forma intensa logo no começo. Desta forma, a equipe deve criar uma identidade visual que simbolize aquele candidato, preferencialmente com uma pesquisa prévia que ajude a entender com quem estamos falando, de forma a conectar o candidato com seu público.

Devido a esse processo acelerado, a marca de um candidato precisa ser mais assertiva.

2- O site tem a mesma importância

Se as campanhas políticas são cada vez mais realizadas por meio das redes sociais, além da presença nas ruas como ainda muito intrínseca às eleições municipais, o fato é que não se pode abrir mão de um site. Um endereço próprio na internet é o cartão de visita de um candidato, e deve sintetizar um pouco de tudo dele, para que o eleitor consiga absorver todas as informações necessárias.

O site de um candidato a qualquer cargo precisa ter todas as ideias e propostas de forma concisa, clara e didática. É isso que fará com que ele tenha o DNA do candidato. Além disso, o site permitirá que as informações sejam encontradas facilmente em uma pesquisa no Google. Posicionar-se bem no ranking do serviço de buscas garantirá mais visitas e, por consequência, provavelmente mais eleitores.

3- Contato direto e notícias são fundamentais

Duas características fundamentais do site de um candidato, nos dias de hoje, são o contato direto e uma página de notícias. O contato direto é importante como forma de criar um canal entre a figura política e o povo/eleitor: mesmo com as redes sociais, é importante ter um painel de comentários, um e-mail que permita às pessoas terem respostas para seus questionamentos, ou até mesmo uma caixa de bate-papo na página.

Já a página de notícias é importante para compilar as novidades referentes ao candidato e, principalmente, funcionar como um espaço de “Fato ou Fake”, visando desmentir eventuais notícias falsas que podem circular pela internet – e que infelizmente vêm se tornando cada vez mais comuns.

4- A empresa que marketing deve ter um norte ideológico

É claro que uma empresa de marketing vai atender a diversos políticos de partidos diferentes. Trata-se de uma empresa atendendo a um cliente, o que se diferencia dos militantes partidários, por exemplo. No entanto, é preciso sempre se lembrar que, ao trabalhar com marketing político, uma empresa não deixa de vender a imagem de uma pessoa que se propõe a ser gestora pública.

Portanto, as empresas que trabalham diretamente para os candidatos precisam saber claramente para quem estão trabalhando. É importante que os profissionais de marketing político saibam quais são as propostas do candidato. As conversas iniciais com o cliente devem ser focadas em entender quais são as visões políticas para então conseguir vender aquela visão de mundo com mais precisão. Desta forma, é impossível separar o trabalho da moralidade, porque a partir do momento em que você precisa convencer pessoas a votar e acreditar em uma pessoa, você também precisa acreditar nela.

O maior limite para atender ou não um candidato ou partido é saber qual a sua própria posição. É claro que haverá partidos e propostas com opiniões divergentes, mas a empresa de marketing político precisa acreditar que seu cliente é a melhor opção.

A ISSOaí Design acredita em um mercado com amplas oportunidades e numa economia criativa que traga novas ideias para um mundo mais justo. Isso significa que ela concorda com propostas mais progressistas, e atende candidatos que tenham algum alinhamento com essas ideias.

5- Mesmo com um norte, a empresa deve ter distanciamento

Parece contraditório, mas não é: a empresa de marketing político precisa acreditar em quem está promovendo, mas é importante que não seja formada por militantes de um partido ou defensores de uma causa política, afiliados ao candidato.

Nos partidários, a proximidade com a candidatura pode impedir de olhar os pontos fracos a serem corrigidos: é nesse ponto que a empresa de marketing precisar ter um olhar de mais distanciamento. Portanto, deve-se ter um norte daquilo que se defende e uma moral a ser seguida, mas isso não significa ter uma proximidade política a ponto de não enxergar as vantagens.

6- Para se conectar, inspire-se na campanha de Barack Obama

Uma das campanhas que mudou os rumos do marketing político foi a campanha presidencial de 2008 do então candidato à presidência dos Estados Unidos, Barack Obama. Simbolizada pelo slogan “Yes, We Can”, a campanha mudou a forma de se fazer identidade visual e design. A maneira como um vídeo musical foi viralizado e a combinação da logomarca com o apelo inédito com os jovens nas redes sociais são características que seriam usadas por candidatos ao redor do mundo. Isso aconteceu porque o design é um instrumento de conexão e eles souberam usá-lo muito bem.

7- Atenção às cores e fontes de letras

Ao criar um logo e uma identidade visual, deve-se aproveitar as características da candidatura. Designs mais retos e formais são mais conservadores, enquanto um layout com mais curvas ou círculos traz uma certa modernidade. As cores precisam ser usadas com cuidado: o vermelho, por exemplo, mostra paixão, mas também remete à violência, por isso o designer precisa saber empregar bem as diferentes cores, e muitas vezes precisa aproveitar as cores do partido, que já são postas.

Essas escolhas são imprescindíveis, porque com a rápida comunicação de uma campanha eleitoral, é preciso que o eleitor sinta o que o candidato é ao bater o olho, sem necessidade de uma comunicação linguística, e essas características são passadas pelas cores e fontes.

8- Saiba para quem anunciar

Um dos principais mandamentos do marketing digital é saber com quem falar na hora de fazer anúncios. E agora, com as campanhas políticas cada vez mais presentes nas redes sociais (especialmente quando não se pode aglomerar), a presença nas redes sociais se faz ainda mais importante. Por isso, reflita sobre os temas e as pessoas que você deseja atingir: uma proposta de reforma administrativa, por exemplo, pode funcionar mais para o empresariado, enquanto um conteúdo sobre creches e escolas provavelmente terá mais aceitação de mulheres que sejam mães.

9- Faça vídeos!

Fazer conteúdo em forma de vídeo é importante para explicar um assunto, e ainda tornar tudo mais humano, acessível e próximo. É por meio do vídeo que conseguimos mostrar melhor uma ideia e sintetizar tudo, especialmente porque o tempo de leitura é mais lento e as pessoas tendem a não ler um texto inteiro. O vídeo precisa ser didático. Ele será responsável por conectar o candidato com o eleitor.

E campanhas são momentos de conexão entre pessoas.