Notícia

Tendências do TikTok aumentam o alerta para a saúde

13/09/23

A WGSN e o TikTok realizaram uma pesquisa recente sobre os conceitos que devem guiar as tendências comportamentais da rede social de vídeos curtos. Segundo matéria publicada no Meio & Mensagem, o foco no entretenimento deve permanecer como forma de reduzir os atritos ao passar mensagens ao público. A mesma pesquisa indica que os influenciadores e produtores de conteúdo devem perder o poder de disseminadores de informações, e sim moderadores de comunidades – que reúnem pessoas com interesses em comum.

Leia mais sobre a rede TikTok!

Desta forma, as comunidades online devem buscar mais conteúdo condizente com os valores e interesses, o que deve reduzir o poder do conteúdo “alienante”, segundo a líder do departamento de pesquisa da rede social informou à matéria. Essa tendência exigirá das marcas que saiam do local de soberania e adentrem as comunidades de maneira mais respeitosa, ou seja, devem encontrar uma forma de “pedir licença” e participar daquela comunidade, em vez de apenas anunciar de maneira fria.

Mais atenção ao “fim” das dancinhas?

O modo como o conteúdo do TikTok é apresentado (e plataformas similares tal qual Reels, Kwai e Youtube Shorts) tende a criar uma relação de vício no usuário, já que o fluxo de conteúdos curtos e em sequência cria uma produção de dopamina no cérebro semelhante à que é provocada por drogas (guardadas as devidas proporções). O sistema de recompensa que o entretenimento vazio causa nas pessoas pode ser bastante danoso à saúde.

Além de criar uma sensação de dependência, o consumo de vídeos nesse formato reduz a capacidade de atenção das pessoas, especialmente das crianças, atrapalhando a participação “em atividades que não oferecem satisfação imediata”, segundo Julie Jargon, colunista do The Wall Street Journal.

O influenciador e youtuber Felipe Neto já fez alertas a respeito da rede social de vídeos curtos. “O vício em dopamina já é uma realidade e as consequências disso são severas para o cérebro”, afirmou o empresário, que não se rendeu à rede social e segue fazendo vídeos mais longos, mesmo com a redução do interesse das pessoas por conteúdos que exigem “parar para assistir”. Dificuldade de concentração, problemas psicológicos e aumento da ansiedade estão entre os problemas apontados por ele e outros especialistas. As marcas também devem estar atentas a esse problema: vale a pena incentivar a produção de conteúdo mais lento e reduzir a força dos influenciadores que não se comprometem com esta realidade. As empresas também podem atuar em projetos de educação dos jovens, em parceria com pais e educadores.