Notícia

Gestão de projetos como estratégia

28/05/12

Definição de ferramentas para acompanhamento sistematizado, com estabelecimento de metas, prazos e instrumentos de controle, melhoram eficiência do planejamento estratégico da empresa

Sem uma eficiente política de gestão de projetos em operação na empresa, não há planejamento estratégico que baste para atender aos objetivos da organização. Mais do que isso, segundo Otávio Nese, presidente do PMI-SP (Project Management Institute, Capítulo São Paulo), gestão de projetos e planejamento estratégico não apenas se relacionam, mas se complementam.

Para ele, falar em planejamento estratégico significa avaliar a organização e estabelecer objetivos de curto, médio e longo prazo e finalmente estabelecer a estratégia corporativa. Esse processo, conta Nese, envolve a implementação da estratégia estabelecendo planos de ação. Esses, por sua vez, são organizados em projetos.

Em termos, o planejamento estratégico passa a ser composto por um conjunto de projetos previamente selecionados – e devidamente priorizados. A eles, Nese chama de portfólio estratégico, pois traduzem em termos concretos a obtenção de resultados objetivos e a estratégia da organização. Conforme afirma Paulo Ferreira, presidente do mesmo PMI em 2008, o gerenciamento de projetos põe em prática a estratégia planejada e, principalmente, entrega o resultado esperado com maior previsibilidade de tempo, custo e qualidade.

Afinal, é inerente ao gerenciamento definir, inicialmente, o ciclo de vida de um projeto, desde o início até o encerramento, passando pelo planejamento, execução e o controle. “Paralelamente são estabelecidos limites de escopo, premissas e restrições e risco associados”, lembra Nese. Além disso, a gestão considera as condições dos ambientes interno e externo.

Coordenação eficiente

Uma vez que toda a estratégia foi definida com base nos projetos prioritários, é preciso, segundo Ferreira, que alguém ou algum departamento assuma a responsabilidade de encaminhar a estratégia de maneira harmônica e coordenada. Ele afirma, ainda, que a figura do gerente de projetos está cada vez mais disseminada nas organizações e que, também nesse caso, atuaria com a administração de recursos e de toda a operação. “Ao final do projeto teremos algum produto ou serviço incorporado ao dia a dia, e este precisa ser coordenado e gerenciado para que seja entregue o que foi pensado no planejamento”, explica.

Ferreira e Nese concordam que a maneira mais eficaz de manter as melhores práticas e administrar os recursos é por meio do estabelecimento de um PMO (Project Management Office, ou escritório de gerenciamento de projetos). Esse departamento é que terá a função de dirigir todos os projetos e coordenar todos os gerentes de projetos. “Um PMO é o melhor caminho para implementar e adotar práticas e conceitos associados ao desenvolvimento da estratégia. Não apenas a implementação de conceitos, mas a garantia de sua efetiva aplicação e desenvolvimento com foco na maturidade em gestão de projetos”, diz Nese.

O PMO, por sua vez, deve ter participação direta da presidência e do conselho diretor da companhia, na opinião do atual presidente do PMI-SP. Segundo afirma, eles têm a função de atuar como mentores e tomadores de decisão nos momentos em que isso for necessário ou sempre que forem solicitados para tal.

Fórum HSM Estratégia 2012

Quem falará mais sobre o tema é Harold Kerzner, considerado o pai da gestão de projetos moderna. Ele ministrará a palestra “A execução da estratégia por meio da gestão de projetos” no Fórum HSM Estratégia 2012, a ser realizado em São Paulo, de 22 a 23 de maio.

Fonte: Portal HSM