Intitulado Pesquisa Cenários 2020, o novo estudo do Sebrae-SP aponta que o setor de serviços terão, no futuro, maior participação relativa no total de empresas no Estado.
Essa mudança na composição setorial das micro e pequenas empresas (MPEs) é atribuída a fatores como o aumento da renda populacional, que cria novas oportunidades para atividades do setor, como educação, saúde e lazer.
“A terceirização de mão de obra pelas grandes empresas também gera oportunidades de negócios que podem ser aproveitadas pelas MPEs”, explica Pedro Gonçalves, consultor do Sebrae-SP.
Com mais de 770 mil estabelecimentos, a participação do setor de serviços representa 40% do total de MPEs e em 2020, a expectativa é que haja 800 mil MPEs a mais no Estado, resultado das taxas de crescimento de 2,8% ao ano para a indústria, 1,4% para o comércio e 6% para as empresas do setor de serviços.
Liderança de serviços
Já em 2015, o setor de serviços deve ultrapassar o comércio em número de PME’s. Atualmente, as atividades de alimentação, compostas principalmente por lanchonetes, bares e restaurantes representam a atividade com maior número de empresas de pequeno porte no setor: 19,4% do total, com taxa de crescimento anual de 3,3%.
“A população continuará investindo cada vez mais na alimentação fora de casa, pela comodidade, praticidade e agilidade”, destaca Gonçalves.
Em seguida no ranking do setor estão os serviços de escritório e apoio administrativo, representados, principalmente, pelas empresas fornecedoras de serviços, em virtude da forte tendência de terceirização vivida pelo mercado: são 11,5% de participação no número de MPEs, com 6,7% de crescimento médio anual.
Em terceiro lugar está a atividade de transporte terrestre de carga, com 9,2% de participação no número de MPEs e 4,8% de crescimento médio anual.
A expectativa do Sebrae-SP é que a expansão do segmento de serviços contribua para um forte crescimento no número de MPEs no Estado.
“As tendências de crescimento das empresas levam à projeção de que até 2020 o número de micro e pequenas empresas no Estado de São Paulo deverá crescer de 1,8 milhão para 2,6 milhões”, afirma o diretor-superintendente do Sebrae-SP, Bruno Caetano.
“O ritmo moderado de expansão da economia, o grande número de pessoas em idade de trabalhar e empreender, a desburocratização e as políticas em favor do empreendedorismo contribuem para esse cenário”, completa o diretor.
Comércio e indústria
Entre as atividades com maior representatividade, no comércio o varejo de vestuário é o líder, com quase 10% da participação total de MPEs (87 mil MPEs) e taxa de crescimento médio anual de 4,9% no número de estabelecimentos. A atividade é responsável por mais de 145 mil empregos formais e R$ 1,9 bilhão em pagamento de salários.
Já o varejo de materiais de construção é o segundo colocado, com 6,5% de participação (57 mil MPEs) e 3,1% de crescimento médio anual. Em terceiro lugar está o comércio de autopeças, com 5,8% de participação e taxa de crescimento de 3,4%.
No setor industrial, a maior representatividade (15,3% das MPEs) fica por conta da construção, que tem crescimento anual de 8,8% no número de estabelecimentos.
Em seguida está a confecção de artigos de vestuário, com 14% de participação e taxa de crescimento de 1,7%, e serviços especializados para a construção, com participação relativa de 12,4%, porém com a maior taxa de crescimento média anual do setor: 15,5%.
O crescimento da renda da população e os investimentos em habitação observados últimos anos contribuem para o crescimento expressivo no número de MPEs da atividade.
Fonte: Portal HSM
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