Confira entrevista com o coach Jansen de Queiroz Ferreira, que tem experiência de dez anos em Coaching Executivo com empresários, executivos e jovens profissionais e desenvolveu o conceito de coaching.br, adaptado à cultura de gestão brasileira.
Qual o diferencial do coaching em relação a outras metodologias?
O acompanhamento. Treinamentos comportamentais em geral são ineficazes, pois mudanças não se dão em saltos, mas por processo evolutivo. Como temos limitações para nos auto-percebermos, poucas pessoas conseguem se desenvolver sem acompanhamento. O pior erro de pessoas e organizações é o que não é percebido. Ou seja, erra-se sem saber.
Como o coaching ultrapassa esse obstáculo?
O conceito de homem de cada um determina as relações interpessoais. Afinal, se o conceito é de que somos seres racionais, espera-se o mesmo dos outros. Mas não somos eminentemente razão. O único conceito de homem que se alinha também à vida corporativa é: o homem é um indivíduo porque é único, gregário porque vive em sociedade, interdependente, eminentemente emocional, que procura agir com racionalidade. Relaciona-se totalmente com a gestão que, para mim, é arte e ciência; razão e emoção.
Qual o principal problema dos gestores brasileiros?
Os profissionais brasileiros acreditam que teoria, na prática, é outra coisa. Isso coloca em xeque o valor do estudo. Daí, transformamos a atividade profissional num jogo de azar. Sem fundamentação teórica, não há referenciais que aumentem a possibilidade de acerto.
Como o coach ataca esse problema?
Só se obtém resultado se procedimentos, normas e ferramentas estiverem fundamentados em conceitos e na cultura da organização. Antes de aplicar coach numa empresa que não acredita nas pessoas é preciso alterar sua cultura. Uma escada sempre é varrida de cima para baixo. O mesmo ocorre nas organizações. Nenhum líder é capaz de motivar, mas pode desmotivar.
Coaching é sempre baseado em erros?
Não. Os melhores clientes do coach são aqueles que menos precisam. Quem precisa rejeita o coach, pois os perdedores, ao contrário dos vencedores, não gostam que lhe apontem os erros. Os vencedores têm energia e determinação para superar obstáculos. O coaching tem como objetivo não apenas o autoconhecimento, mas também a autorrealização. Propõe construir riqueza material com riqueza moral.
Somente profissionais experientes se beneficiam do coaching?
Não. Qualquer ser humano só cresce quando se auto-percebe ou recebe feedback, quando deixa de culpar os pais, a empresa ou o governo – só evolui quando percebe as carências e percebe a necessidade de auto-desenvolvimento. Algumas faculdades têm implantado processos de coaching, pois a maioria dos recém-formados precisa entender que nada é mais prático do que uma boa teoria.
Em quanto tempo aparecem os resultados?
Nada acontece se o cliente não quiser. Eu não tenho o poder de fazer você querer. Se percebo que o cliente quer passar pelo processo só para colocar no currículo, suspendo as sessões. Por isso que coach tem que ser feito por alguém com certa idade, independência financeira e moral. Sem isso, o coach vai querer competir com o cara quando ele começar a fazer sucesso.
O coach ajuda a definir metas?
Ajuda o cliente a ser específico. Se eu tenho um objetivo, minha atividade de hoje tem que estar alinhada com ele. Sem objetivo, o presente determina o futuro e ele se torna incerto. Quando não se tem objetivo, faz-se qualquer coisa no presente.
Como as empresas podem se beneficiar do coach?
Quem passa pelo processo tem melhor competência interpessoal, aprende a dar e receber feedback e sabe trabalhar em equipe, pois percebe que a única maneira de diminuir a margem de erro é trabalhando em equipe.
Fonte: Portal HSM
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