Aquisições na mira de 41% das empresas

Pesquisa da Ernest & Young mostra que 41% dos mil entrevistados em 51 países pretendem fazer aquisições nos próximos 12 meses

A instabilidade econômica mundial contrasta com o otimismo revelado pela pesquisa “Capital Confidence Barometer”, realizada com mil executivos entrevistados pela Ernst & Young em 51 países, entre os meses de julho e agosto de 2011. Elaborado semestralmente desde 2009, o estudo atual mostra que 41% da amostra espera fazer aquisições nos próximos 12 meses, com o principal objetivo de estender a sua atuação para novos segmentos de mercado. No Brasil, esse índice é de 37%.

Demonstrações financeiras mais sólidas, adequação operacional e valorização de ativos estão entre os principais fatores que contribuem para fazer desse tipo de transação uma das principais estratégias de crescimento das empresas, hoje bem mais preparadas para enfrentar a volatilidade dos mercados. A taxa de endividamento, por exemplo, está abaixo de 25% em 61% das empresas participantes do levantamento e 78% delas planejam manter ou reduzir ainda mais as suas dívidas nos próximos 12 meses.

No Brasil, 71% das companhias participantes do estudo estão expandindo suas operações – o índice global é de quase metade – e apenas 1% opera somente para sobreviver, contra 7% na comparação mundial. A expectativa é que os negócios estejam, no mínimo, estáveis (47%) e mais de um terço acredita em ganhos potenciais.

Energia, petróleo e gás, metais e mineração constituem os segmentos mais promissores. Os BRICS, agrupamento entre Brasil, Rússia, Índia, China e, mais recentemente África do Sul, além dos Estados Unidos, Austrália, Malásia, México e Argentina são os principais destinos de investimentos apontados pelo estudo. China, EUA e Índia estão entre as prioridades das companhias brasileiras que investem no exterior. Já a preocupação com normas regulatórias aflige 87% dos entrevistados, especialmente no setor financeiro.

Fonte: M&M