Cuidar do corpo não é tarefa fácil na adolescência, época de transformações, de combate às famigeradas espinhas etc., mas os brasileiros nessa faixa etária vão à batalha e são, em toda América Latina, os mais vaidosos.
É o que atesta a pesquisa “Lateenos”, da Kantar World Panel que incluiu 15 países da região. No ano passado, os adolescentes eram 151 milhões, representando 27% da população da América Latina (e a estimativa é de que em 2015 esse percentual caia para 23%). O Brasil sozinho tem 51% dos adolescentes da região.
A maioria dos “lateenos” (56%) gasta o dinheiro que recebe dos pais, ou conquista trabalhando, em roupas e acessórios. No caso do Brasil o percentual sobe para 66%. Em segundo lugar vêm os gastos em alimentos, 45% para ambos, e o terceiro item varia. Na América Latina é o gasto com Transporte (36%) e no Brasil está o Cuidado Pessoal (39% das respostas), confirmando a nossa propensão à vaidade desde cedo. “A brasileira especialmente vive uma pressão para ser perfeita. Há um padrão de beleza mais exacerbado aqui e nos cobramos uma perfeição que não existe em outros países. E isso acaba se refletindo no bolso e até para os adolescentes, está no nosso DNA e também é estimulado pela mídia”, avalia Patricia Menezes, gerente de marketing da Kantar Worldpanel.
Com o quarto item no Brasil sendo o Transporte e na região os Cuidados Pessoais, o quinto lugar ficou com gastos em telefonia (24% na região e 20% no Brasil).
Para o adolescente brasileiro, no quesito Cuidados Pessoais, as cinco principais preocupações são: Dentes (43%), Cabelos (36%), Acne (31%), Excesso de Peso (23%) e Estrias (20%).
Hábitos de compra
O estudo avaliou também o grau de proatividade dos teens na hora de buscar os produtos que gostam de consumir. Na região, a maioria 54% declararam ser grandinhos e ir às compras do que necessita, mas o segundo maior percentual (19%) é formado pelo grupo para quem vale o que já tiver em casa, comprado pelos pais. Depois deles, vêm 18% que pedem aos pais para comprar o que querem e, finalmente, 8% dos adolescentes disseram confiar na escolha dos pais.
Sem especificar dados, o estudo afirma, ainda, que as meninas são maioria entre aqueles que vão eles próprios comprar os produtos de que precisam.
A gerente da Kantar destaca que, além das companhias do setor têxtil, outras empresas passaram a dar mais atenção ao público adolescente, mas ainda é um movimento recente e ela considera haver ainda grandes oportunidades, particularmente para as áreas de cuidados pessoais (que ainda foca muito nas meninas), alimentos e telecom.
O estudo acaba sendo uma chance para avaliar o tamanho desse mercado e o que os adolescentes desejam. “O consumidor, especialmente no Brasil, está mais poderoso e o adolescente é o consumidor do futuro. Eles são os desafios que as empresas terão amanhã”, destaca Patricia.
Fonte: Meio&Mensagem
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