Notícia

Os custos e os benefícios da inovação

29/05/12

Custa caro investir em inovação? Luiz Serafim, gerente de marketing corporativo da 3M do Brasil, responde a esta e outras questões

Não bastam boas ideias como matéria-prima para que uma empresa se torne autenticamente inovadora. É preciso também dinheiro, tempo e energia dos funcionários para tirar as boas intenções do papel e transformá-las em produtos no mundo real. Para o empresário que vai pagar a conta, fica a inevitável pergunta: custa caro investir em inovação?

A resposta, obviamente, varia de acordo com o caso, uma vez que o custo só pode ser avaliado a partir do benefício que um determinado investimento objetiva. “Se o produto inovador obtiver sucesso quando chegar ao mercado, o investimento compensa. Mas existem muitos casos em que a empresa faz todos os estudos e pesquisas e, mesmo assim, o produto acaba fracassando depois do lançamento. Neste caso, mesmo que o investimento tenha sido relativamente pequeno, a conta fica cara”, explica Luiz Serafim, gerente de marketing corporativo da 3M do Brasil.

Segundo ele, existem ferramentas e metodologias que ajudam a minimizar o risco durante o processo de inovação, mas sempre existe a chance de um imprevisto estragar todos os planos. “O risco de perder faz parte do jogo. É por isso que dizemos que a empresa inovadora deve ter certa tolerância ao risco”, observa.

Inovar é o melhor caminho, mas não o único

Apesar dos riscos, Serafim defende uma postura inovadora como a melhor estratégia para o fortalecimento da empresa no mercado. Para ele, a empresa que optar pela inovação estará em vantagem sobre as demais e terá proximidade maior com seu cliente, margens de lucro mais saudáveis e marca percebida com maior valor. Além disso, terá capacidade maior para reter talentos e até mesmo chance maior de que seus papeis se valorizem no mercado de ações.

O gerente de marketing corporativo explica que iniciativas inovadoras devem ser incentivadas nas empresas, mas lembra que esse não é o único caminho possível. “Existe uma abordagem poética do tema. A gente ouve: ‘é preciso inovar a qualquer custo!’, ‘quem não inovar desaparecerá!’. É como um mantra. Mas as coisas não acontecem assim na prática”, garante.

Para ele, é preciso reconhecer que existem empresas que se limitam a copiar as demais, mas sabem se adaptar ao mercado e por isso permanecem competitivas. “Acredito que elas colhem benefícios menores por não serem pioneiras em seus segmentos, mas permanecem no jogo. Trata-se de uma estratégia diferente. É um erro acreditar que só existe um caminho, pela inovação. Isso talvez seja uma visão exagerada, apocalíptica. Eu diria que o que tira uma empresa do mercado é a sua incapacidade de se adaptar, e não de inovar.”

Estímulo à inovação

A 3M do Brasil possui diversas iniciativas para estimular a inovação entre as empresas do país, como o websitewww.3minovacao.com.br e o recém-lançado livro O Poder da Inovação (ed. Saraiva). Além disso, no próximo dia 25 de maio, a empresa promoverá o evento Innovation Connections, com participação de executivos, líderes de inovação de universidades e pesquisadores ligados a centros de empreendedorismo.

O evento será conduzido pelo CEO da empresa, Jose Varela, e contará com uma palestra de Art Fry, que ficou conhecido internacionalmente pela invenção do Post-it. Também se apresentarão João Batista Ciaco, diretor de publicidade e marketing de relacionamento da Fiat e Romeo Deon Busarello, diretor de ambientes digitais e relacionamento com cliente da Tecnisa. Luiz Serafim falará sobre a visão de inovação da 3M do Brasil.

Fonte: Portal HSM