Notícia

O método é a alma da formulação estratégica

22/05/12

No Fórum HSM Estratégia 2012, o professor Vicente Falconi explicará como fazer acontecer uma formulação estratégica. O evento acontecerá em 22 e 23 de maio

Um dos mais renomados consultores de gestão do Brasil e professor emérito da Universidade Federal de Minas Gerais, Vicente Falconi está confirmado como palestrante do Fórum HSM Estratégia 2012, de 22 a 23 de maio, em São Paulo. Na ocasião, entre outros assuntos, ele apresentará as diferenças entre formulação estratégica e planejamento estratégico.

Ao orientar a busca por mais eficiência, Falconi não perde de vista o conceito de método – palavra que, em grego, reúne os termos “meta” (o resultado almejado) e “hodós” (o caminho para atingi-lo). “Você gerencia para conseguir resultados e, sabendo o caminho, será uma gestão muito melhor. O problema é que as pessoas usam as ferramentas de gestão sem usar um método e aí a coisa se atrapalha. Esse é o segredo da história”, ensina.

Os conceitos de método e liderança propagados por Falconi são adotados por empresas como Ambev, Petrobras, Arcelor Mittal, Usiminas e Vale, entre outras. O especialista recorda que René Descartes, no século 17, escreveu o livro O discurso do método, por meio do qual se aprende que o método é único: é a busca e o conhecimento da verdade.

Sem método, fazer acontecer uma formulação estratégica é quase impossível

Esta é a visão de Falconi. Para ele, o método é anterior à meta. Logo, antes de se ter uma meta, é preciso ter um método que seja aplicado para defini-la. Trata-se de levantamento de fatos e dados, cruzamentos, análise e discussões. De acordo com o estudioso, a maioria das empresas não passa por esse processo, porque as pessoas sentem preguiça ou são arrogantes. Confiam, portanto, em suas opiniões.

O especialista ainda comenta que é muito comum que uma meta seja colocada e as pessoas tenham a sensação, logo no ato de colocá-la, de que ela já foi atingida –impressão desfeita no fim do ano, quando o resultado fica aquém do esperado. Por esse motivo, é preciso contar com um plano de ação.

No entanto, surge mais um problema, segundo Falconi: “O executivo propõe um plano de ação e acha que o simples fato de ele existir já garante tudo; ele vai descansar, achando que os outros vão executar o plano. Esse gestor se esquece de que tem de ficar em cima das pessoas, acompanhando ação por ação, para que possa haver segurança”. Implantado o plano de ação, há que se conferir se todas as ações foram implementadas e, mais tarde, se o resultado projetado foi alcançado.

Uma vez que, no melhor cenário, a meta tenha sido atingida, é preciso partir para a padronização do que se conquistou. Abrange treinar à exaustão as pessoas no novo conhecimento adquirido e fazer o devido registro. “Posso afirmar que quase ninguém faz isso para valer, no Brasil e no exterior”, declara o professor.

No cenário ruim, a meta não é alcançada. Então, é preciso tomar ações corretivas: rever toda a sequência do método para descobrir o que deu errado, analisar tudo novamente. Segundo Falconi, método é sinônimo de garra; é vencer nossa tendência natural à procrastinação.

Fonte: Portal HSM