“Criatividade é fundamental para começar a estruturar uma ideia inovadora. Porém, depois que ela começa a deslanchar, é necessário mais do que isso; é preciso sangue, suor e lágrimas em escala, e quanto mais dinheiro se investe neste momento, maiores são as chances de sucesso”. É assim que Antonio Botelho, presidente do Conselho Diretor da Gávea Angels, define uma empresa que tem a inovação no seu DNA e busca investimentos para alicerçar o crescimento.
Ainda com poucos grupos investidores no país, o Investidor Anjo já é uma alternativa para as empresas que estão em seu início, principalmente as startups. Um estudo realizado em 2011 pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento (OCDE) – Financing High-Growth Firms: The Role of Angel Investors, mostrou que enquanto no Brasil existem apenas dois grupos que de fato atuam como investidores anjo, na Europa são quase 600, nos Estados Unidos mais de dois mil e na América Latina a atuação já é mais consistente – o Chile e o México têm seis grupos e a Argentina quatro.
Para Botelho, que participou da pesquisa, um dos principais diferenciais para o empresário que deseja colocar sua ideia para funcionar pode ser a aposta neste tipo de investimento. “O investidor anjo não entra somente com o dinheiro, mas também com o apoio ao negócio de forma direta. Nós nos entregamos às ideias nas quais investimos; auxiliamos o empreendedor a fazer as melhores escolhas, aquelas que achamos que vão ajudá-lo no futuro, aumentando as chances de sucesso”, pontua Botelho, da Gávea Angels, primeiro grupo de investidores anjo do Brasil criado há dez anos.
E as provas de que o apoio dos anjos pode trazer bons resultados não são poucas. A pesquisa da OCDE revela, por exemplo, que nos Estados Unidos aproximadamente 250 mil novos empregos foram criados em 2009 por empresas que tinham apoio de investidores anjo (representando 5% dos novos empregos do país), e que lá as empresas que contam com o apoio de anjos aumentaram suas chances de sobrevivência e melhoraram sua performance entre 30% e 50%.
Em “quem” os anjos investem?
“O critério principal é ter potencial de crescimento”, afirma Botelho. De resto, é preciso estar preparado para ter um investidor ativo, para contar com uma saída – já que os anjos investem com o objetivo de vender o negócio no futuro – e de estar disposto a ouvir o que o seu novo sócio tem a dizer.
Outro fator importante na opinião do presidente do conselho diretor da Gávea Angels é a ideia ser de entendimento do grupo investidor. A expertise, segundo ele, é essencial para que as ações tragam resultados positivos. “Como temos cerca de 30 anjos em nosso grupo, nesse momento as diferentes experiências e conhecimentos dos investidores ajudam a ampliar a nossa gama de setores em que podemos investir e, é claro, ajudar no desenvolvimento”, explica.
Assim, Botelho afirma: o setor de atuação não é o mais importante. Todas as outras características é que determinam se o seu negócio tem o perfil de investimento dos anjos.
E para você, o investimento anjo é uma alternativa para a inovação?
Diferenciando o tipo de investimento
Os investidores anjo são muitas vezes comparados às empresas de venture capital. Porém, como revela a tabela abaixo*, algumas diferenças os distinguem.
Fonte: Portal HSM
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