Notícia

O futuro da TV na era dos vídeos online e TVs conectadas

06/12/12

Nunca antes as pessoas passaram tanto tempo na internet. Mesmo porque nos dias de hoje a web se tornou tão onipresente que aparelhos que não têm acesso a “grande rede” acabam se tornando obsoletos. Nossa Era vem se consolidando com a da Mobilidade, com os usuários utilizando a todo o momento devices como tablets, smartphones e consoles de videogame.

Os conteúdos não estão mais sendo centralizados em apenas uma mídia ou formato. O que vemos é que a divergência e complementaridade das mensagens são características inerentes ao novo mundo. Tudo está conectado – principalmente os aparelhos – e as estratégias de cross-mídia estão direcionando cada vez mais as pessoas para o ambiente digital como forma de explorar a interatividade. Nesse cenário, o raciocínio é lógico: o dinheiro vai para onde as pessoas estão e não é surpresa que as ações na web estejam atraindo altos investimentos.

Antigamente os anunciantes e publishers tinham poucas escolhas para expor sua marca e para divulgar seu conteúdo. Hoje o cenário é outro e as possibilidades gigantescas tanto para definir a melhor vitrine para um anúncio, quanto para fazer a mensagem chegar ao público. O que mudou? Internet. Nossa geração já nasceu imersa na web e seria impossível fazer tudo o que fazemos sem ela. Isso culminou numa mudança de comportamento das pessoas, que agora se tornaram sujeitos ativos no mercado, tendo a liberdade e autoridade de escolher como, onde e quando elas querem consumir conteúdos.

Estreitando o foco da internet para vídeos online, temos a chamada estratégia das 3 telas: televisão, computador e dispositivos móveis. O modelo de consumo de vídeos pelo computador já é comum e o que todos fazemos – diariamente. O que prova que os vídeos vão suportar a internet daqui a alguns anos é que eles estão começando a atingir outros devices que fazem parte do nosso cotidiano. Só para ilustrar, no caso de vídeos e televisão, até 2015 teremos 575 milhões de Connected TVs, segundo a Cisco – sem contar que daí vão vir 10% de todo o tráfego da internet. Aqui no Brasil já temos 1 em cada 5 TVs com conexão de internet. Se tratando de dispositivos móveis, segundo o TechCrunch em 2012 o número de aparelhos móbile vai ultrapassar a população mundial. Tudo isso mostra como o cenário está se tornando audiovisual, mesmo porque esse formato traz enormes possibilidades para todos na cadeia: marcas, produtores de conteúdo, e é claro, o público final.

Falando de produtores de conteúdo, o grande desafio é a assertividade. Produzir vídeos se tornou muito fácil e estamos vendo um “boom” das web-celebridades com seus hits virais. Só que o que faz a diferença é produzir conteúdos de qualidade que vão agregar valor a mensagem transmitida, ou seja, exige estratégia. Se o vídeo tiver um conteúdo interessante, uma boa qualidade, e um roteiro bem definido ele certamente vai atrair internautas, e quanto maior a audiência maior o valor negociado para veicular anúncios de publicidade nele. Esse modelo mais uma vez favorece a todos, até mesmo os usuários, que já entenderam que para poder assistir vídeos Premium têm que lidar com publicidade.

O que favorece essa rápida mudança de comportamento e de estratégia de comunicação digital é a adesão em peso dos próprios envolvidos na cadeia – operadoras, fabricantes, produtores de conteúdo, plataformas de distribuição e desenvolvedores de Apps. E as emissoras? Também terão que se adaptar já que não poderão simplesmente fechar os olhos para os concorrentes indiretos como os canais de filmes e seriados via streaming. As fronteiras estão se pulverizando e não há mais uma barreira entre o digital e o físico, portanto, cada vez mais veremos o surgimento de soluções híbridas – e adaptação dos antigos modelos – para suportar a demanda e a nova era dos vídeos online.

Fonte: Mundo do Marketing