Notícia

O desafio de conquistar o consumidor sempre

23/10/12

Seminário da Advertising Week mostra como companhias valiosas conseguem levar para os consumidores o sentimento que começa dentro da própria empresa

A consultoria Interbrand trouxe ao quarto dia de Advertising Week o painel “New York Times CEO Summit”, realizado no prédio que abriga o jornal. O objetivo do seminário era mostrar como três das 100 marcas de maior valor do mundo, de acordo com estudos da consultoria, fazem para continuar conquistando seus consumidores dia após dia. A conversa contou com a presença de Mark Hans Richer, da Harley Davidson; Jeff Hansen, da Microsoft e Ron Rogowski, da UPS – empresa de logística.

A Harley Davidson é uma marca que, literalmente, está tatuada em diversos fãs mundo afora. Mark Hans Richer diz que a companhia já tem sua personalidade reconhecida, mas nos últimos anos, vem tentando se aproximar do público jovem. O primeiro passo foi a criação de um logo com novo estilo e a realização de ações esporádicas como viagens com clientes pilotando suas Harleys mundo afora, em lugares como o Tibet. O resultado da estratégia de comunicação é que 30% dos compradores já estão na faixa de 18 a 35 anos. E todos fiéis. ”Não quero competir com nenhuma outra marca de moto. Não me interessa se lançaram um modelo similar e mais barato, ou se surgiu uma novidade no mercado. Nós não vamos reduzir nossos preços”, afirma.

No caso da Microsoft, que faz parte de um setor altamente competitivo, o grau de dificuldade para se manter no coração dos consumidores parece ser até maior. Mas a companhia diz que encontrou seu caminho: ”Nos próximos anos vamos ressaltar o que temos de melhor”, diz Hansen. Ele listou as quatro áreas que estão no radar da empresa: Windows Phone, o sistema Windows 8, o Xbox e o pacote Office. “Todos estão sendo trabalhados para oferecerem soluções melhores e mais adaptadas ao dia-a-dia”, completa.

Já a UPS precisa de apenas uma coisa importante para se manter no topo: entrega. Entretanto, uma gigante da logística com operações em diversos países necessita administrar com precisão toda a sua demanda e ainda cuidar do fator mais importante, segundo Rogowski: o humano. ”Certamente, a pessoa que recebe uma mercadoria enviada pela UPS só vai ficar com a imagem do motorista que fez a entrega e precisamos que ele esteja sorrindo”, destaca. A UPS possui mais de 400 mil colaboradores.

Como todas as companhias são multinacionais, o debate enveredou para o campo da cultura local de cada país em que elas estão. Josh Feldmeth, da Interbrand questionou se há uma preocupação com o fato de que funciona nos EUA não funcionaria em outro país. Mas os líderes dizem tirar de letra essa questão e avaliam que a melhor forma de fazer a engenharia funcionar, é confiar nos melhores talentos regionais.

Fonte: M&M