“O que é inovação? O que são ideias inovadoras? O que garante que uma ideia é inovadora? Quem está apto a pensar em ideias inovadoras?” É bem provável que você e sua equipe tenham feito perguntas como estas quando começaram a pensar em implementar uma área de inovação na sua empresa, e que em algum momento das respostas a palavra “conhecimento” tenha sido citada.
Afinal, como lembra Andrei Scheiner, consultor estratégico de marketing e branding da TerraForum Consultoria (empresa de Gestão do Conhecimento), para que haja inovação é preciso haver conhecimento. “Ao aliar esses dois aspectos cria-se maior valor para a empresa e para o negócio, uma vez que os principais objetivos da companhia são sempre levados em consideração no desenvolvimento de ações inovadoras”, explica.
A realidade
Porém, no dia a dia o que se vê na maioria dos casos é justamente o contrário. “É comum que as empresas ‘departamentalizem’ a inovação e o conhecimento. Uma área se preocupa apenas com a criação de ideias inovadoras e a outra (quando tem!) com a gestão do conhecimento. Isso demonstra um olhar ‘míope’, que não consegue interligar dois pensamentos que precisam estar conectados”, declara Scheiner.
O que acontece, então, é uma falta de continuidade nas ações, que prejudica tanto a parte da inovação quanto a parte da gestão do conhecimento. Segundo Scheiner, por conta disso é comum que as ideias dos colaboradores sejam mal aproveitadas e que eles nem sequer recebam um retorno a respeito delas, o que faz com que passem a desacreditar e desvalorizar o aspecto inovador da companhia.
No entanto, o especialista afirma que é possível reverter esse panorama e passar a aliar conhecimento e inovação em busca de resultados ainda melhores para as empresas. Para começar, ele sugere que os principais executivos da companhia definam seus objetivos em relação ao programa de inovação e ao programa de Gestão de Conhecimento.
“A partir disso, é interessante definir quais são os temas que ela deve dominar para se manter no mercado, ter competitividade, existir. Depois, deve-se pensar no que é preciso fazer para se diferenciar – e é aí que podem entrar os programas de Gestão do Conhecimento e de inovação. Por último, é possível ainda abrir para ainovação aberta, e permitir que profissionais de fora agreguem com seu próprio conhecimento”, pontua Scheiner.
A história da Serasa
Apesar de ainda pouco comum nas empresas brasileiras que de alguma forma trabalham Gestão do Conhecimento e/ou inovação, essa aliança já tem trazido resultados interessantes para as empresas que a utilizam. Segundo Scheiner, um bom exemplo vem da Serasa Experian, empresa fornecedora de serviços financeiros.
“Os colaboradores recebem moedas virtuais que podem ser investidas em ideias suas e de seus colegas. As ideias mais bem avaliadas, com os maiores investimentos são desenvolvidas e podem ser colocadas em prática”, conta.
O programa simples, mas eficiente, traz resultados significativos para a companhia. Em 2009, Dorival Dourado, então principal executivo de tecnologia da empresa revelou que 65% das receitas geradas pela área de Tecnologia da Informação tinham origem nas sugestões dos colaboradores do projeto.
Sabendo disso, Scheiner é direto e afirma: “isso é trabalhar Gestão do Conhecimento e inovação. Fazer as pessoas ficarem mais atentas às ideias, participarem do processo inteiro e receberem feedback sobre suas sugestões é aliar inovação a conhecimento”.
No entanto, apesar do bom exemplo vindo da Serasa Experian, Scheiner acha que ainda não há motivos para comemorar. Segundo ele, há muito fumaça sobre inovação e pouco fogo. “Tem que se tomar cuidado. Pensar com calma e ter objetivos claros. Não adianta simplesmente querer implantar um departamento de inovação sem aliá-lo aos conhecimentos intrínsecos da empresa e de seus colaboradores. Somente quando todos os aspectos forem trabalhados o sucesso será efetivo”, conclui.
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Fonte: Portal HSM
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